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Especialistas reforçam medidas de prevenção e criticam pronunciamento de Bolsonaro

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Ladeira (Folhapress)

O pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na noite de terça-feira, foi na contramão das recomendações de prevenção ao coronavírus. Para o presidente, o momento é de manter a tranquilidade e "voltar à normalidade", em crítica a medidas adotadas por prefeitos e governadores. Um questionamento feito é de "por que fechar escolas se  o grupo de risco são idosos acima de 60 anos". Bolsonaro ainda completou argumentando que pessoas com histórico saudável - ou com "histórico de atleta", como o presidente se definiu - seriam acometidas apenas por um "gripezinha" ou "resfriadinho".

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Especialistas em saúde se posicionaram diante da fala, reforçando a necessidade de prevenção e isolamento social no combate a transmissão do coronavírus. Os médicos infectologistas Fábio Lopes Pedro e Jane Costa apontaram, em vídeo, a necessidade um vídeo a necessidade de manter as medidas e prevenção e priorizar o atendimento à distância.

- Cada pessoa infectada, em cinco dias, gerará em torno de três novos infectados. Sendo que, ao cabo de 30 dias, teremos 406 infectados. A medida de isolamento social passa a ser fundamental. Nosso pico de incidência deve ocorrer de 6 a 20 de abril e será tanto maior quanto pior formos nesse momento - explica a doutora Jane Costa.


Entidades de saúde também criticaram o discurso de Bolsonaro. A Sociedade Brasileira de Infectologia, em nota, reitera a gravidade da pandemia: "já foram registrados mais de 420 mil casos confirmados no mundo e quase 19 mil óbitos, sendo 46 no Brasil". Conforme a nota, ficar em casa é "a resposta mais adequada para a maioria das cidades brasileiras neste momento, principalmente as mais populosas".

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A Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) foi mais forte e chamou o pronunciamento de "discurso da morte" e ainda completou chamando a fala de "incoerente e criminosa". As medidas de prevenção, para a Abrasco, são "cruciais e encaminhadas com muito esforço pelas autoridades municipais e estaduais, implementadas por técnicos e profissionais do SUS".

Veja o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro na íntegra:


 *Colaborou Leonardo Catto

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